
Foi iniciada neste semestre a segunda etapa do projeto de Inteligência Artificial Jurídica. O projeto é fruto da parceria entre a Rede Empresarial (desenvolvedora da plataforma COREJUR) e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da UFG (CEIA).
O objetivo do projeto é desenvolver a mais avançada e inovadora Inteligência Artificial Brasileira para a área jurídica. Além da COREJUR e do CEIA, o projeto também conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa, a FUNAPE, e é coordenado pelo Prof. Arlindo Rodrigues Galvão Filho, líder de NLP do CEIA.
O Projeto
Iniciado em 2021, o projeto, orçado em R$ 1.2 milhões, vem trazendo resultados fantásticos para o setor jurídico e beneficiou a rotina de inúmeros escritórios de advocacia. A primeira etapa do projeto, denominada “Classificação de Documentos e Extração Inteligente de Informações de Textos Jurídicos”, teve como linha de trabalho a otimização da extração de informações de documentos do Direito.
Já a segunda fase do projeto, iniciada este ano e orçada em mais de R$ 2.4 milhões, tem como título “Geração Automática de Textos Jurídicos Utilizando Modelos de Geradores de Linguagem Natural”. O foco desta vez é aproveitar as inovações obtidas na fase anterior para gerar documentos de forma automática com a ajuda da Inteligência Artificial.
Dentre os principais objetivos do projeto estão:
- Leitura, identificação e interpretação de texto em documentos jurídicos através de modelos sofisticados de redes neurais;
- Geração de textos jurídicos baseada em abordagem híbrida de classificação de textos jurídicos, extração de informações e elaboração baseada em modelo gerador de linguagem natural – IA Generativa.
Para isso, o projeto fará a exploração de arquiteturas de redes neurais, considerando o contexto e a linguagem das documentações da área jurídica. Um dos resultados esperados é a obtenção de algoritmos capazes de fazer o processamento de linguagem natural de forma adaptada à linguagem e o contexto jurídicos
Dessa forma, será possível otimizar a rotina de escritórios de advocacia e reduzir o tempo gasto com tarefas repetitivas, como é o caso não só da elaboração como também da interpretação e análise de documentos jurídicos. O processamento de linguagem natural unida ao aprendizado de máquina ajudarão a aproximar ainda mais advocacia e inovação, beneficiando o setor.
Entre etapas de desenvolvimento, reavaliação e validação de modelos, a segunda fase do projeto contará com diversos testes e implementações de modelos de treinamento de máquina. Por fim, o projeto será dividido em 7 etapas e, assim como no caso da etapa anterior, terá duração estimada de 24 meses.
Sobre o CEIA
O Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolve soluções inovadoras de alto impacto, por meio do uso de dados e Inteligência Artificial.
A iniciativa foi lançada em 2019 por meio de uma política pública da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) no formato de tríplice hélice (academia, governo e empresas).
O CEIA também é uma unidade Embrapii (Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), organização social qualificada pelo Poder Público Federal, no tema de Inteligência Artificial e possui contratos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) com 45 empresas privadas (sendo três delas estrangeiras) e 4 órgãos públicos.
O CEIA conta com o investimento de R$60 milhões em projetos de inovação e 380 pesquisadores de Inteligência Artificial.